Por uma vasta gama de razões, muitos indivíduos e grupos sociais encontram-se excluídos das oportunidades de educação e formação. Esta discriminação pode ser baseada na idade, nacionalidade, raça, cor, opinião política, deficiência, sexo, género, etnia ou outros motivos. A situação pode ser ainda mais difícil para aqueles que sofrem discriminação por motivos múltiplos e intersetoriais (por exemplo, deficiência e sexo, religião e idade, raça e deficiência, etnia, orientação sexual e identidade de género). A discriminação, em particular no início da vida, leva a probabilidades mais elevadas de desemprego, salários mais baixos, bem como a empregos mais precários.

Reconhecendo que a discriminação e a exclusão de indivíduos e grupos das oportunidades de aprendizagem representam um importante obstáculo ao trabalho digno e à cidadania ativa, a OIT tem instado há décadas os Estados membros a reconhecerem o direito à formação e educação para todos. 

Os indivíduos que não possuem competências relevantes têm mais probabilidades de estar desempregados, de encontrar instabilidade no emprego e de enfrentar dificuldades em lidar com as constantes mudanças no mercado de trabalho. De acordo com vários estudos, existe um nexo entre o nível educacional de um indivíduo e a sua participação na sociedade civil, a sua saúde mental e física melhorada e o seu envolvimento social. As competências e a empregabilidade são, portanto, contribuições fundamentais para a redução da pobreza, uma melhor coesão social e uma maior estabilidade política.

A inclusão de indivíduos e grupos sociais desfavorecidos em programas de desenvolvimento de competências proporciona uma utilização mais eficiente da capacidade humana global. De acordo com a investigação, proporcionar igualdade de oportunidades na educação e formação tem um efeito positivo no crescimento económico. Estima-se que a perda causada pela exclusão das pessoas com deficiência dos mercados de trabalho se situa entre 3 e 7% do PIB. No entanto, ser uma empresa inclusiva traz benefícios e vantagens aos empregadores – muitas vezes denominado o dividendo da diversidade –, os quais podem, ao mesmo tempo, agir como agentes de mudança promovendo a inclusão. A inclusão do desenvolvimento de competências na EFTP é do interesse de todos – e ainda assim, muitos indivíduos e grupos da sociedade vêem-se excluídos das oportunidades de aprendizagem. 

Neste curso, os participantes aprenderão como contribuir para o desenvolvimento de sistemas e programas de formação profissional inclusivos capazes de ultrapassar o conjunto de barreiras existentes para grupos e indivíduos desfavorecidos. 

Esta oferta de formação será organizada em estreita colaboração com o Departamento de Emprego da OIT e o programa de Competências e Empregabilidade da Humanity & Inclusion https://www.hi-us.org/about .